terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Franco-canadense


Coeur de Pirate é o projeto liderado pela cantora Béatrice Martin, cantando francês com sua voz doce e acompanhada de um piano ela faz com que o som folk do Coeur de Pirate seja difícil de passar despercebido por quem escuta. Apesar do francês Béatrice é de longe da terra da Torre Eiffel, nascida na francófona região de Quebec no Canadá a cantora de 20 anos que no passado integrou o grupo Bonjour Brumaire, se dedica atualmente ao projeto solo , no álbum "Coeur de Pirate" ela traz boas melodias, boa produção, a sutileza de sua voz e o charme do francês. Com o álbum alcançou sucesso primeiro no Canadá e logo depois reconhecimento na França, onde conseguiu ficar entre as "dez mais" das rádios de lá. Gostar do som da canadense coberta de tatuagens e talento não requer o mínimo esforço.

Coeur de Pirate - Comme des enfants

http://www.youtube.com/watch?v=PaUI6Tvd1sA



domingo, 24 de janeiro de 2010

The Swell Season


The Swell Season, o duo com nome derivado de uma novela, composto pelo Irlandês Glen Hansard, líder da banda de Frames rockers, e pela Checa Marketá Irglová, ex- namorada de Glen, tem no currículo um Grammy e mais, um Oscar, o de Melhor Canção Original com o filme independente "Once" com atuação e produçaõ do casal e dirigido pelo ex-baixista John Carney. O sucesso do filme fez com que Glen concretizasse uma parceria com pianista de formação clássica e voz doce , pois antes disso vinham se apresentando com seus nomes em separado. A dupla produziu seu auto-intitulado albúm de estréia em 2006, representando o primeiro lançamento de Hansard fora de seu trabalho com a The Frames. O álbum contém a música "Falling Slowly", apresentada na trilha de "Once", que vendeu mais de 700 mil cópias, o disco traz músicas leves, com menos arranjos, perfeitas para serem ouvidas quando o que você quer é não pensar em nada. O Segundo albúm da dupla também segue a linha da trilha do filme mas com um som um pouco mais maduro, Strict Joy indica que a dupla é um projeto para ser levado a sério .

Glen e seu violão, o mesmo do filme ;

http://www.youtube.com/watch?v=IlmjxJsEvIk&feature=player_embedded

domingo, 17 de janeiro de 2010

Voz ? Pra quê ?

Um acorde e um riff de guitarra também têm muito a dizer , o rock instrumental vem ganhando destaque e torna-se tendência no cenário indie brasileiro .

A música simpática, divertida e dançante , tem uma receita simples : mistura-se o novo ao clássico, o fino e o vulgar, o experimental com o pop e Voilà o conjunto da obra cria uma música de estética que apesar de retrô não tira dessa música o poder de conquistar ouvintes sem preconceito e receptivos à novidades .

As bandas com nomes tão inusitados quanto essa mistura vão de Macaco Bong a Pata de Elefante , Astronauta Pingüim a Orquestra Abstrata , que com o ascensão do rock instrumental no país vem fazendo barulho com presença cada vez mais regular em festivais , casas noturnas e também nos grandes veículos de massa que começam a enfatizar a importância do estilo .

Banda Pata de Elefante


o mtv.com.br recomendou cinco bandas que têm se destacado no circuito alternativo. Anote e ouça!

http://mtv.uol.com.br/noticias/sem-vocal:-conheca-o-novo-rock-instrumental-brasileiro

sábado, 16 de janeiro de 2010

Nova Bossa Nova


Quem acha a Bossa Nova coisa antiga, perdida no passado está errado, a Bossa Nova está aí sampleada, remixada, sintetizada e o que mais o repertório da música eltrônica permitir. A mistura de Bossa Nova com música eletrônica torna a boa e velha Bossa em uma música dançante, de batida original, e sem dúvida muito mais animada que a Bossa pura.

Quem ficou curioso com amistura encontra no grupo Bossacucanova o resultado de toda essa irreverencia, o grupo é um projeto que surgiu de uma brincadeira dos amigos. Alexandre Moreira, Marcelinho Da Lua e Márcio Menescal que eram engenheiros de som dos estúdios da gravadora Albatroz, que conta com um vasto catálogo de Bossa Nova e um dia resolveram remixar uma dessas gravações sem saber que da brincadeira surgiria um projeto, que virou banda e ficou conhecido por revisitar a música brasileira com extrema competência. Com três discos lançados e muitos shows aqui e no exterior o Bossacucanova vem fazendo releituras e desenvolvendo uma linguagem contemporânea e dançante para a Bossa Nova, que faria até Tom e Vinícius arriscarem uns passos .

Quem já considera a velha e boa Bossa (e quem não considera ) excelente por si só, vai descobrir com o BCN que o que já é perfeito pra muitos e imutável na sonoridade, com inteligência e modernidade pode ganhar uma bela roupa nova e com ela novos seguidores .

Download dos CD's :

http://www.franciscoescobar.net/blog/index.php/category/musicas/mpb/bossa-cuca-nova/

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Parlez-vous français ?



A cantora paulistana Tiê se tornou figura frequente nos palcos da noite da cidade, primeiro como intérprete e só depois cantando canções de autoria própia, investiu em seu talento estudando canto em Nova Iorque, onde continuou sua carreira. De volta ao Brasil a procura da carreira autoral criou ao lado do amigo e parceiro Dudu Tsuda, o celebrado projeto Cabaret, que se notabilizou em dois dos melhores clubes de Sao Paulo: Vegas e Studio SP. Nesse período a cantora lançou um EP e visibilidade na mídia , sendo citada em qualquer assunto que falasse de novas cantoras promissoras.

Em 2008 Tiê preparou seu primeiro CD. Em nova parceria - agora com o produtor carioca Plinio Profeta, batizado de Sweet Jardim, que taz Tiê em belas canções baseadas na voz e no violão e letras que mesclam o francês com o português, em geral o som melodioso alterna o semi acústico com uma puxada de folk - tudo muito suave, a capacidade de letrista da cantora foi elegiada com o álbum .

A fórmula de Tiê vem dando certo, é reconhecida como uma das vozes potenciais da MPB, e isso apenas com o primeiro CD.

Clipe da música "Aulas de Francês" ;

http://www.youtube.com/watch?v=7FuQBkT7LN8

Pra se levar de 2009; Quem acrescentou algo no ano que passou !


A Banda Them Crooked Vultures projeto formado pelo vocalista do Foo Figthers Dave Grohl , Josh Homme do Queens of The Stone Age, e John Paul Jones do Led Zeppelin, começou como uma lenda, um boato qualquer que falava da reunião do supergrupo em um futuro próximo. Bom, mesmo sem ninguém levar a sério, 2009 foi o ano para que os boatos e lendas saíssem do papel para chegar aos palcos.

Com apresentações em festivais como o Lolapalooza e Lowlands, o Them Crooked Vultures apareceu para o mundo, despertando logo o interesse do público, afinal a união de três grandes ícones do rock é no mínimo curiosa.

O grupo, antes mesmo da data de lançamento, resolveu disponibilizar as músicas do álbum em streaming no youtube, só adiou o que viria a ser um dos melhores álbuns do ano, um álbum pesado e diversificado.

O álbum, homônimo, já começa com uma pedrada, No One Loves Me & Neither Do, faixa que traz o trecho matador que o grupo usou em seu primeiro teaser. Com Dave Grohl na bateria, Josh Homme na guitarra e nos vocais e John Paul Jones no baixo, logo de cara já se sabe o que o disco apresentaria: um ritmo que mescla o melhor do Queens Of The Stone Age com o repertório mais afiado do Led Zeppelin, passando pelo Foo Figthers e até resgatando algumas influências do Nirvana, surgindo daí um rock ‘n roll que, embora mais pesado, reúne com primor o que há de mais afiado em cada um dos integrantes.

O álbum Them Crooked Vultures não é uma sombra do som do Queen of The Stone Ages, não é uma cópia do trabalho de Dave Ghrol nem com o Nirvana nem com o Foo Fighters e não traz um John Paul Jones repetindo o seu trabalho no Led Zeppelin. É algo original que, embora não fuja de influências do Led Zeppelin (afinal, tanto Grohl quanto Homme são fãs incondicionais e declarados do músico), vai além do que já é apresentado pela banda e cria um novo paradigma para qualquer outro supergrupo que venha por aí. Depois de Them Crooked Vultures criar uma super banda, com super músicos e um super resultado no final fica mais difícil, quem sabe em 2010 ...

Primeiro show do Them Crooked Vultures no metrô em Chicago;

http://www.youtube.com/watch?v=3INPr_uvqLQ

domingo, 10 de janeiro de 2010

Música eletrônica, video, instrumentais psicodélicos, Jazz, Samba, Dub ,Bossa, Reggae, Soul ? São os cariocas do Binário.



Se você andou pela praia de Ipanema num domingo de tarde entre 2005 e 2008 deve ter visto esse grupo meio que se apresentando, meio que ensaiando e atraindo curiosos. Essa curiosidade é facilmente despertada pela mistura quase futurística do trabalho, que dá direito a jazz, soul, dub, bossa e até reggae. A banda com dois bateristas e um monte de sintetizadores e guitarras cheias de pedais de efeitos, varia a quantidade de instrumentos de música pra música, do dia, das condições atmosféricas... Apesar dessas características típicas de uma banda de post-rock, o Binário ainda traz na manga, entre um tema instrumental e outro, as boas canções cantadas por Lucas Vasconcellos. Segundo consta, o Binário não é uma banda, no sentido convencional da coisa, mas um coletivo, os oito integrantes fazem de tudo um pouco, é tanta informação que quem vê o show não sabe bem o que fazer. Quando as duas baterias furiosas dialogam a veia instrumental da banda surpreende pela “pegada” forte no estilo. O Binário já lançou um CD – “Nereida” - e um DVD – gravado ao vivo - no Brasil e distribuído na Europa pelo selo Far Out Recordings.

Binário no Posto 9:

http://www.youtube.com/watch?v=NjVYEL5HgZE

sábado, 9 de janeiro de 2010

Novo (e bom) Rock Brasileiro


Black Drawing Chalks, banda que começou em Goiânia e nem pretendia ser banda, logo fez sucesso na cena independente e chegou aos festivais. De passagem por um e por outro foram parar nos Estados Unidos e Canadá ganhando o título de “Brazil’s Best Loud Music Export”. Exibindo um novo método de música independente já ganham espaços mais cobiçados que o obscuro cenário alternativo. Com dois álbuns bem acima da média, "Big Deal" o primeiro álbum lançado em 2007 e "Life Is a Big Holiday For Us" em 2009 a banda traz um som cru, enérgico e por vezes dançante, e não só o som é bem feito como toda parte visual , feita pelos caras do estúdio Bicicleta Sem Freio, também de Goiânia. Com influências que vão de Kings of Leon a Queens of the Stone Age, Black Drawing Chalks pode ser considerado o melhor fruto da renovação roqueira não só de Goiânia mas do Brasil. Pra quem não acredita que haja (ou como eu não encontre muitas) boas bandas de bom puro rock no Brasil o BDC, com um som espetacular, desmente qualquer um com tal pensamento.

Para os interessados fica aí o link do clipe de "My favorite way", feito pelo estúdio Bicicleta Sem freio junto com o Nitrocrpz, quem assiste pode até duvidar que se trata de uma produção nacional.
http://www.youtube.com/watch?v=aqBveUYEEwQ