Bem, como é de se esperar, um novo álbum é sempre uma preocupação a mais, não só para a banda mas para os fãs.
E esse sentimento de
infarte à qualquer momento se agrava ainda mais quando a banda em questão tem um histórico tão bom quanto
MUSE e seus
apoteóticos e
apocalípticos discos / obras de arte;
O novo
Cd entitulado '
The Resistance' traz a tona uma linguagem diferente para nossos ouvidos acostumados com tantos
Origin of Symmetry, e
Absolution ( os melhores, na opinião de muitos).
The Resistance, começa tímido com
Uprising (Video Aqui) e vai preparando nossos ouvidos para algo que nunca virá, Logo consideramos a música plausível e digerível, já que parece comercial e durante seus cinco minutos e pouco de palminhas e
guitarrinhas quase
inaudíveis.
A segunda música é
entitulada Resistance, anunciando a que veio o álbum, começa na tensão da curiosidade " O que virá após essa introdução com um piano misterioso", e logo vemos que os anos 80 estão voltando e na forma de
Freddy Mercury encarnado no vocalista
Matthew Bellamy, e não deixa de ser uma das melhores músicas do disco, leva o ritmo até o fim e envolve com o novo ritmo que a banda explora, algo mais coeso e talvez
pop.
Parece que é um
degradê de tons, do início Rock de
Uprising, chegamos à música mais controversa do disco,
Undisclosed Desires, que parece ter sido uma fusão de
Kanye West,
Justin Timberlake e mais alguma coisa com
Keane e lá no fundo o próprio
Muse, por mim a música passa batida.
Como um susto, as batidas
eletrônicas acabam e dão espaço para a primeira musica 'épica' do disco,
United States of Eurasia, que sugere um pouco mais do que já foi visto, a música vai além do 'Temos influências de
Queen' para 'Queremos ser o novo
Queen' e mais uma vez repito que não deixa de ser uma das melhores músicas, agora tenho certeza de estar ouvindo a antiga banda que mistura sons clássicos com a bateria inconfundível, no final ganhamos de presente uma bela melodia de piano, Nota 9 pra essa música.
Guiding Light me confunde um pouco, não sei se era para ser um Hino da resistência proposta pelo disco ou uma declaração de paz, a levada enjoa e se afoga no meio sons dos anos 80, passei
direto tambem.
Unnatural Selection começa bem, a voz saturada e um órgão de igreja anunciando algo trágico e maravilhosamente destrutivo, pronto para um som pesado e
desconcertante, o que segue seu caminho perfeitamente bem, o trabalho vocal é perfeito, e a guitarra
tambem, palmas, mais uma nota 9.
MK Ultra é a filha de
Unnatural Selection, consegue seguir no padrão que não segue padrão nenhum das musicas mais legais da banda.
Eis que entramos em um universo estranho em I
Belong To
You, que tem um subtítulo em
frances, algo interessante, a música é totalmente avessa ao
cd, mas não é ruim, foi uma das
baladinhas que mais gostei e o ritmo é legal para caramba, nota 8.
Eis que chegamos ao tão esperado
GRAND FINALEExogenesis, Partes I,II,III fecham o
cd, não como o esperado, mas também
não deixou de surpreender, eu confesso que estava ansioso para algo grandiosamente estrondoso, esperei minha caixa de som explodir e os vizinhos gritarem, mas nada disso aconteceu, o resultado é uma longa única musica levada nas costas por pianos e melodias bonitas, é como se fosse o final feliz de algum filme, e não tem como não ouvir uma
atrás da outra, um trabalho interessante e diferenciado, peca em alguns pontos, mas hoje em dia é difícil construir um
cd promissoramente épico e belo como
MUSE fez em tantos anos de carreira, só espero que eles retomem os ares de
Absolution logo logo, senão veremos mais um
Linkin Park por aí, e talvez isso não demore.
Muse - The Resistance (2009)
1 - Uprising
2 - Resistance
3 - Undisclosed Desires
4 - United States of Eurasia
5 - Guiding Light
6 - Unnatural Selection
7 - MK Ultra
8 - I
Belong To
You9 -
Exogenesis Symphony part I
10 -
Exogenesis Symphony part II
11 -
Exogenesis Symphony part III
Download do CD