domingo, 21 de março de 2010

Psicodelia Lo-fi


Adepto da cultura faça-você-mesmo, Lê Almeida cria e grava músicas em seu quarto/ estúdio. Tudo é gravado por ele mesmo, com algumas participações de amigos, membros de bandas das redondezas. Seguindo uma visão retrô da música com afeição pelas girl-groups dos anos 60, Lê Almeida trata a música como um artesanato sonoro e com espírito lo-fi, ele considera seu som um rock de guitarras. Lê ainda toca sua própria gravadora caseira, sediada na baixada fluminense. A Transfusão Noise Records tem lançado EPs antológicos que com certeza você não ouviu, todos gravados com alta tecnologia de microfones de plástico como o que você tem bem aí na sua frente. O primeiro compacto dele, Fique bem com dropes de halls, foi lançado em 2007, ainda no meio do ano de 2007 lançou “Loufalândia”, com melodias açucaradas com tecladinhos aqui e ali, e embarcando em algumas pequenas viagens retrô. Em setembro de 2008, Lê lança o compacto “Querida Deal“ com 4 faixas de boas melodias , em 2009 lançou o EP REVI que saiu numa versão vinil 7 polegadas, o famoso compacto. A música "Nunca Nunca" onde Lê de verso como :“Nunca tive algo mais que duas rodas pra me acompanhar até o centro” e “algo tão bobo assim de se querer que antes era uma vontade agora já não é mais nada, valeu” teve sua qualidade reconhecida chegando a tocar em rádios dos EUA.

MySpace: http://www.myspace.com/lealmeida

Vestindo música


A Mono surgiu da idéia de dois amigos, Patrick Vieira e Maria Elvira em janeiro de 2003, Patrick suava no rock independente como baixista da banda Walverdes e Maria tinha acabado de perder o seu emprego. Com apenas 200 reais os dois iniciaram a produção com camisetas de política para um evento na cidade, e logo depois começaram a produzir estampas de bandas e filmes, mas com o tempo procuraram trazer novas idéias e conceitos para a proposta clássica da Mono, produzindo camisetas , moletons e buttons com estampas e interpretações diferenciadas trazendo toda a cultura icônica e artística com a qual a griffe se identificava. A marca participou de inúmeros festivais e bazares pelo Brasil e conquistou milhares de clientes no país e fora dele. Com o tempo a Mono acabou, e atualmente se divide em duas marcas, a Sound & Vision, do Patrick que segue o estilo da Mono, com referências a cultura pop e a Needles & Pins, da Maria Elvira que se caracteriza por ser uma marca especializada em artigos femininos.

Os filhos da Mono :

Sound & Vision: www.soundandvision.com.br

Needles & Pins :www.needlesandpins.com.br

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Post-rock paulista


Hurtmold, banda criada em 1998 pelos irmãos guitarristas Fernando e Mário Cappi, o tecladista Guilherme Granado, o baixista Marcos Gerez e o baterista Maurício Takara, surgia pra fazer um som baseado em invenções, tentando sempre trazer algo novo, outra característica do grupo é a troca de instrumentos entre os integrantes em apresentações ao vivo. No primeiro trabalho do grupo, 'Et Cetera'[2000] o estilo predominante era um rock característico, com guitarras nervorvas, agressividade no vocal e baterias de pegada forte, e isso é mais ou menos como a banda se classifica: uma banda de rock. Com o segundo cd, 'Cozido' [de 2002], o quinteto paulistano optou por viagens instrumentais típicas do chamado post-rock. Em 2003, o Hurtmold gravou um split cd com o grupo norte-americana The Eternals. Em 'Maestro'[2004], seu terceiro álbum, a presença de elementos do post-rock supera os elementos do rock inicial. Agora é um post-rock com influências do rock convencional, mas sem o vocal agressivo. No quarto trabalho (quinto contando o split CD com os estadunidenses The Eternals), a banda faz um trabalho exclusivamente instrumental. Em relação anterior ”Mestro”, o recente álbum 'Hurtmold'[2007] traz um Hurtmold fazendo mais uso de de programações e teclados, na companhia de boas guitarras. Cada vez mais o grupo se aproxima do post-rock, deixando pra traz as raízes iniciais. A banda também é conhecida por ser a banda de apoio de Marcelo Camelo pós Los Hemanos.

Hurtmold- Amansa Louco

http://www.youtube.com/watch?v=xJ9G2qYHFUU


terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Franco-canadense


Coeur de Pirate é o projeto liderado pela cantora Béatrice Martin, cantando francês com sua voz doce e acompanhada de um piano ela faz com que o som folk do Coeur de Pirate seja difícil de passar despercebido por quem escuta. Apesar do francês Béatrice é de longe da terra da Torre Eiffel, nascida na francófona região de Quebec no Canadá a cantora de 20 anos que no passado integrou o grupo Bonjour Brumaire, se dedica atualmente ao projeto solo , no álbum "Coeur de Pirate" ela traz boas melodias, boa produção, a sutileza de sua voz e o charme do francês. Com o álbum alcançou sucesso primeiro no Canadá e logo depois reconhecimento na França, onde conseguiu ficar entre as "dez mais" das rádios de lá. Gostar do som da canadense coberta de tatuagens e talento não requer o mínimo esforço.

Coeur de Pirate - Comme des enfants

http://www.youtube.com/watch?v=PaUI6Tvd1sA



domingo, 24 de janeiro de 2010

The Swell Season


The Swell Season, o duo com nome derivado de uma novela, composto pelo Irlandês Glen Hansard, líder da banda de Frames rockers, e pela Checa Marketá Irglová, ex- namorada de Glen, tem no currículo um Grammy e mais, um Oscar, o de Melhor Canção Original com o filme independente "Once" com atuação e produçaõ do casal e dirigido pelo ex-baixista John Carney. O sucesso do filme fez com que Glen concretizasse uma parceria com pianista de formação clássica e voz doce , pois antes disso vinham se apresentando com seus nomes em separado. A dupla produziu seu auto-intitulado albúm de estréia em 2006, representando o primeiro lançamento de Hansard fora de seu trabalho com a The Frames. O álbum contém a música "Falling Slowly", apresentada na trilha de "Once", que vendeu mais de 700 mil cópias, o disco traz músicas leves, com menos arranjos, perfeitas para serem ouvidas quando o que você quer é não pensar em nada. O Segundo albúm da dupla também segue a linha da trilha do filme mas com um som um pouco mais maduro, Strict Joy indica que a dupla é um projeto para ser levado a sério .

Glen e seu violão, o mesmo do filme ;

http://www.youtube.com/watch?v=IlmjxJsEvIk&feature=player_embedded

domingo, 17 de janeiro de 2010

Voz ? Pra quê ?

Um acorde e um riff de guitarra também têm muito a dizer , o rock instrumental vem ganhando destaque e torna-se tendência no cenário indie brasileiro .

A música simpática, divertida e dançante , tem uma receita simples : mistura-se o novo ao clássico, o fino e o vulgar, o experimental com o pop e Voilà o conjunto da obra cria uma música de estética que apesar de retrô não tira dessa música o poder de conquistar ouvintes sem preconceito e receptivos à novidades .

As bandas com nomes tão inusitados quanto essa mistura vão de Macaco Bong a Pata de Elefante , Astronauta Pingüim a Orquestra Abstrata , que com o ascensão do rock instrumental no país vem fazendo barulho com presença cada vez mais regular em festivais , casas noturnas e também nos grandes veículos de massa que começam a enfatizar a importância do estilo .

Banda Pata de Elefante


o mtv.com.br recomendou cinco bandas que têm se destacado no circuito alternativo. Anote e ouça!

http://mtv.uol.com.br/noticias/sem-vocal:-conheca-o-novo-rock-instrumental-brasileiro

sábado, 16 de janeiro de 2010

Nova Bossa Nova


Quem acha a Bossa Nova coisa antiga, perdida no passado está errado, a Bossa Nova está aí sampleada, remixada, sintetizada e o que mais o repertório da música eltrônica permitir. A mistura de Bossa Nova com música eletrônica torna a boa e velha Bossa em uma música dançante, de batida original, e sem dúvida muito mais animada que a Bossa pura.

Quem ficou curioso com amistura encontra no grupo Bossacucanova o resultado de toda essa irreverencia, o grupo é um projeto que surgiu de uma brincadeira dos amigos. Alexandre Moreira, Marcelinho Da Lua e Márcio Menescal que eram engenheiros de som dos estúdios da gravadora Albatroz, que conta com um vasto catálogo de Bossa Nova e um dia resolveram remixar uma dessas gravações sem saber que da brincadeira surgiria um projeto, que virou banda e ficou conhecido por revisitar a música brasileira com extrema competência. Com três discos lançados e muitos shows aqui e no exterior o Bossacucanova vem fazendo releituras e desenvolvendo uma linguagem contemporânea e dançante para a Bossa Nova, que faria até Tom e Vinícius arriscarem uns passos .

Quem já considera a velha e boa Bossa (e quem não considera ) excelente por si só, vai descobrir com o BCN que o que já é perfeito pra muitos e imutável na sonoridade, com inteligência e modernidade pode ganhar uma bela roupa nova e com ela novos seguidores .

Download dos CD's :

http://www.franciscoescobar.net/blog/index.php/category/musicas/mpb/bossa-cuca-nova/